Os problemas com o trânsito na região central de Pitangui são praticamente os mesmos que toda cidade tem hoje em dia. Ruas pequenas para tantos veículos, vias que já não suportam o fluxo de mão e contra-mão e poucos locais para estacionar. De acordo com informações da Administração Fazendária de Pitangui, existem hoje 10.808 veículos emplacados no município. Quase dois por família.
Ônibus manobra com dificuldade para entrar na Rua dos Azevedos (foto: Ricardo Welbert) |
Pensando em amenizar as consequências desta realidade, a prefeitura municipal contratou, por meio legal de licitação, o Instituto Rua Viva, especializado em estudos de gestão de trânsito e transportes, que avalia as condições de tráfego nos principais corredores da cidade e produz sugestões de projetos e mudanças. Basicamente, trata-se da análise do trânsito por uma equipe que realmente entende do assunto e tem competência para apontar potenciais melhorias que visam o pedestre e sua mobilidade.
Entrevistei o engenheiro Ricardo Mendanha Ladeira, do Instituto Rua Viva, que tem experiência em gestão e operação de transportes, é ex-diretor de transportes da BHTrans (empresa que administra o trânsito em Belo Horizonte), ex-presidente do Departamento Municipal de Transporte Urbano do Distrito Federal, ex-diretor de Transportes da Secretaria de Transportes de Santo André e presidente da BHTrans.
De acordo com Mendanha, a prefeitura de Pitangui contratou o instituto com expectativa de resolver algumas questões de trânsito, atendendo demandas pontuais, apresentadas pela comunidade. A equipe avalia os problemas, um por um, e aponta soluções.
A Rua Padre Belchior, ele diz, tem problemas com automóveis que ficam estacionados nos dois sentidos da via, obstruindo, assim, a passagem de veículos maiores, gerando congestionamentos. Cabe ao instituto Rua Viva pensar na melhor solução. Transformar em mão única? Em qual sentido?
Outro trabalho que está sendo feito, ainda segundo Mendanha, é a revisão de um projeto feito há cerca de quatro ou cinco anos, que propõe fechar os retornos entre as ruas Lacerdino Rocha e dos Azevedos, transformando o espaço em um grande calçadão. A Rua Lacerdino Rocha, ele diz, é um local onde há muito conflito entre veículos, com frequente necessidade de carga e descarga nos supermercados, com caminhões, moto táxi, táxi. Então, é preciso, de acordo com ele, organizar o estacionamento ao longo de toda a via para permitir que pedestres consigam atravessar, que carros consigam seguir e que quem for estacionar consiga fazer isto.
"Estamos revendo a interseção da Rua do Pilar com Gustavo Capanema, em frente à agência da Caixa Econômica, local onde acontecem muitos conflitos entre pedestres, carros, pequenos atropelamentos e acidentes", diz Mendanha.
Um terceiro grande ponto a ser trabalhado, segundo o engenheiro, é a regulamentação do serviço de moto-táxi.
Conheça o site do Instituto Rua Viva
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