A repentina ventania que atingiu Minas Gerais na quinta-feira passada (9) deixou muitas cidades sem eletricidade e, com isso, testou a capacidade de ação da Cemig, companhia energética que abastece o estado. Em pontos da região metropolitana de Belo Horizonte, o apagão chegou a durar dias. Consumidores que telefonaram em peso para o serviço de atendimento da empresa utilizaram a imprensa e a internet para criticar o que seria falta de consideração com a população, pois ouviam uma gravação que dizia apenas que os trabalhos de manutenção na rede estavam sendo realizados. Quando algum atendente aparecia do outro lado da linha, solicitava o código do padrão de energia, item que consta na conta de luz. Pelo Twitter, um consumidor perguntou: “querem que eu encontre minha conta nesta escuridão?”.
A falta de eletricidade provocou muitos prejuízos e assustou aquelas pessoas que dependem de aparelhos elétricos para viver. Serviu para mostrar à Cemig a necessidade de investimentos em tecnologia e estrutura de atendimento, com contratação de mais pessoal. As transformações climáticas, todos sabemos, continuarão provocando temporais inesperados. É preciso que a Cemig, assim como qualquer outra companhia do setor, esteja preparada para os próximos eventos naturais.
O desespero diante de tantos chamados para manutenção das redes de transmissão é compreensível. Como chegar a todos os lugares com uma equipe insuficiente? Faltou comunicação. Durante o apagão, as pessoas ficam naturalmente desesperadas e querem saber, ouvir da boca de alguém da empresa – e não de uma gravação – que algo realmente está sendo feito. Querem um rumo e devem recebê-lo. Afinal, são consumidores que estão pagando – e pagando caro. Faltou comunicação por parte da empresa – o que significou um apagão triplo de luz, competência e bom senso.
2 comentários:
Você falou tudo! Amei esse post.
Obrigado pelo elogio, Tatiana! Que bom que gostou. Abraço!
Postar um comentário