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17 de jun. de 2013

Caminhos para o jornalismo investigativo

Com os veículos de notícias apostando cada vez mais em textos curtos e rasos, parece faltar espaço para reportagens investigativas, com narrativas longas e aprofundadas. Porém, jornalistas interessados em escrever grandes denúncias podem ficar tranquilos, pois sempre haverá lugar para eles.

É o que afirma o americano Mark Hunter, autor do livro Manual Global de Jornalismo Investigativo, publicado pela Unesco. "Vão te contratar para fazer o que tem de ser feito. Esse jornalista nunca desaparecerá. Basta fazer o que ninguém fez ainda", ele diz.

Durante o 1º Seminário Regional de Jornalismo Investigativo, realizado no dia 9 de março, no auditório da Universidade Anhembi Murumbi, em São Paulo, Hunter disse que o jornalismo investigativo no Brasil evoluiu bastante na última década. "Antes, a formação em investigação era uma piada", ele disse.

O especialista orientou que a investigação jornalística comece a partir de um conceito e, daí, o repórter cheque todas as possibilidades de melhoria. Afirmou que existem três ferramentas essenciais para a realização de uma boa investigação jornalística: hipótese, cronologia em perspectiva e coleta de material. É fundamental a organização e a fidelidade ao método.

Hunter finalizou com dicas preciosas para quem pretende atuar com investigação jornalística. "Se a informação for confidencial, não deve ser guardada em meios eletrônicos. Se os dados forem essenciais para a matéria, não devem ficar guardados nem na casa do jornalista, nem na redação. Por fim, se você trabalhar com pessoas ou temas perigosos, o seu nome jamais pode constar na lista telefônica", ensinou.

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