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16 de dez. de 2011

Segue velório de pitanguienses mortos em acidente na BR-262

Movimentação intensa neste momento no velório de Pitangui, onde estão sendo veladas as duas vítimas de um acidente ocorrido na noite desta quinta-feira (15) com uma ambulância da prefeitura da cidade. O presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico de Pitangui, Ronan Ivaldo, e o motorista da ambulância, Caio Augusto Lopes Cançado, morreram na hora. 

Caio Augusto Lopes Cançado
Caio Augusto era funcionário público contratado para o setor de transportes da prefeitura de Pitangui. Reconhecido por não reclamar de dificuldades e trazer sempre um sorriso no rosto e disposição para ajudar quem precisasse. Caio deixa mulher e um filho de 13 anos muito apegado ao pai. 

A terceira ocupante da ambulância, Maria Helena Maia Gouthier Caldas ("Lelé"), secretária de Turismo, Cultura e Patrimônio Histórico de Pitangui, esposa de Ronan Ivaldo, foi levada primeiramente para o pronto-socorro do hospital Nossa Senhora da Conceição, em Pará de Minas, e transferida hoje para o João XXIII, em Belo Horizonte, onde permanece com quadro clínico estável, sem risco de morte. 

Ronan Ivaldo com a esposa, Maria Helena Maia
(foto: Ricardo Welbert. 17/06/11)
De acordo com familiares, ela ficou bastante machucada, principalmente na região da clavícula e do maxilar. Ainda segundo parentes que estiveram no velório, Lelé ainda não foi informada sobre a morte do marido. Os médicos teriam dito que ela não possui condições de deixar a unidade para dar o último adeus ao companheiro. Os sepultamentos de Ronan Ivaldo e Caio Augusto estão previstos para daqui a pouco, às 17h. 

A pessoa

Ronan Ivaldo era presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico de Pitangui. Era também empresário, proprietário da sorveteria Cara Melada. Sempre empenhado em assuntos relacionados à cultura do município, Ronan era uma das fontes de informações relacionadas ao tema mais procuradas por jornalistas interessados em contar alguma história da cidade. Eu mesmo já o consultei diversas vezes. 

Parentes e amigos de Ronan relataram há pouco que ele costumava dizer, irônicamente, que tinha as três coisas que mais matam no Brasil: vício em cigarro, câncer e trânsito, pois teria uma agitada rotina de viagens para Belo Horizonte, onde se submeteria à quimioterapia. 

Na última terça-feira (13), estive com Ronan em uma lanchonete no centro de Pitangui. Disse a ele o quanto me senti feliz em saber que sua luta contra o câncer estava rendendo bons resultados. Quem viu Ronan há alguns meses, quando ele e a esposa procuravam o diagnóstico correto para sua doença, percebe como ele ganhou peso nos últimos dias. Sempre bem humorado até mesmo nas piores situações, Ronan me disse que estava surpreso com a própria recuperação, pois temia não estar aí (no mundo dos vivos) para comer castanha no Natal. 

Eu, como amigo de Ronan, posso dizer que este camarada fará falta em Pitangui. Tive a satisfação de dizer a ele várias vezes o quanto admiro seu empenho em preservar o patrimônio histórico de Pitangui. Com sua morte, em meu ciclo de amizades, assim como na cidade de Pitangui, ficou um grande vazio. 

Ronan Ivaldo
(foto: reprodução do YouTube)

Relembre

No vídeo abaixo, Ronan fala sobre ações da Justiça para conservar casarões de cidades históricas de Minas, particularmente em Pitangui. 


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2 comentários:

Anônimo disse...

Caio deixou sua mulher e um filho de 13 anos muito apegado ao pai.
Caio nunca reclamou das dificuldades que passou com nossa e sempre permaneceu de sorriso no rosto e disposto a ajudar quem precisa.

Ricardo Welbert disse...

Obrigado, "Anônimo". Confirmei as informações que me forneceu com duas outras fontes e já fiz a alteração no texto. Abraço!