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10 de jun. de 2011

Os 296 anos de Pitangui

A cidade de Pitangui, na região central de Minas Gerais, completou seus 296 anos de existência. Emancipada em 1715, foi local de extração de ouro – muito ouro – no período colonial. Município que deu origem a vários outros.

Ao longo destes quase três centenários, muita coisa se perdeu. Dezenas de casarões históricos existem hoje apenas em fotografias. Muitos ainda estão em pé graças a esforços de autoridades políticas e cidadãos preocupados com a conservação de sua historia.

Nasci em Pitangui e me orgulho muito disso. Terra de gente feliz, gentil, simpática, acolhedora, entre outras qualidades. Onde a imponente igreja matriz de Nossa Senhora do Pilar encanta até mesmo leigos em fé religiosa como eu.

Deixo uma dica: se você, leitor, não é daqui de Pitangui, experimente visitar esse pontinho do mapa. Se for preciso, me disponibilizo para guiá-lo. Afinal, foi para isso que fiz dois cursos (um de atendimento ao turista e outro de turismo receptivo).

No bairro Penha, fica a antiga casa do homem conhecido como “Velho da Taipa” que, de acordo com registros, foi a primeira a ser construída em Pitangui. O casarão histórico onde a lendária Maria Tangará morou e agrediu seus escravos, transformada em escola estadual. O grande casarão onde funcionava o museu e que, hoje, está interditado por questões de segurança. Não posso esquecer a Mina da Lavagem, onde os caçadores de ouro lavavam a terra e encontravam suas pepitas recém extraídas do morro do Batatal (que fica ao lado). O alto da serra da Cruz do Monte proporciona uma das mais belas vistas da região. Lá está o Cristo Redentor, de braços abertos para receber você.

Como pitanguiense preocupado com o futuro da cidade, aprovo a preocupação da atual administração municipal em criar e executar ações visando transformar Pitangui em uma cidade ainda melhor, mais atrativa e preparada até 2015, quando o município completará seus 300 anos de existência.

Três centenas de anos é muita coisa. Gente desinformada reclama que a vizinha Divinópolis (com apenas 99 anos, criança ainda) cresceu e se desenvolveu. Município com ares de cidade grande, pólo industrial e de educação. Mas é preciso ver que Pitangui é um lugar com viés histórico. Ao invés de pedirem a demolição do casarão histórico e construção de prédios com elevadores e tudo mais, deveriam dar as mãos com quem aposta na história e na beleza que a cidade tem para oferecer.

Enfim. Acredito que a maior parte dos moradores torce pela conservação e preservação do patrimônio histórico como forma de chamar a atenção da mídia – como Ouro Preto, Sabará e Diamantina. Pitangui nos oferece bastante e ainda tem muito a oferecer. É preciso acreditar e seguir em frente, rumo aos 300 anos. Parabéns, Pitangui!

Programa Carona

Abaixo, uma matéria gravada em Pitangui para o programa Carona, da TV Globo Minas. Vale a pena conferir. 


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