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5 de out. de 2010

A questão da habitação

Comemora-se hoje o Dia da Habitação. Podemos aproveitar a data para refletir sobre o problema do crescimento desordenado de Pitangui. Há alguns meses, em conversa com o prefeito Evandro Rocha Mendes, a Onda ouviu dele que, na cidade, assim como em grandes municípios do país, a população tem e distribuído para os lados - o que pode ser bastante prejudicial.

Por "distribuído para os lados", entenda-se: para os morros. O pai de família precisa construir. Tem acesso ao crédito facilitado, consegue capital para comprar materiais de construção e, então, procura um lugar para erguer o lar. Se comprar um lote registrado é burocraticamente difícil e economicamente caro, ele sobe o morro. Muitas vezes arranca cercas e, juntamente com outras pessoas na mesma situação que ele, vai "mordendo" espaços nas matas.

Exemplos podem ser observados por quem sobe a serra da Cruz do Monte. A estrada, que há poucos meses ainda era de terra batida, está hoje toda bonitinha, com calçamento novinho (foto). Fala-se até na inauguração de um restaurante lá em cima. Basta raciocinar: se antes, quando o acesso era ruim e quase ninguém - consumidores com dinheiro para gastar - ia lá, agora, com os atrativos, população e turistas terão mais interesse em passear pelo local. O número de residências por ali, que não pára de crescer, tende a aumentar ainda mais.

Cabe à Defesa Civil fiscalizar locais de riscos e conversar com moradores. A Prefeitura também não pode permitir que a quantidade de imóveis aumente desta maneira. Conversar com a população é sempre o melhor a fazer. Afinal, é preciso educar, ensinar as pessoas para que elas saibam a que punições estarão sujeitas.

O Rio de Janeiro se deixou crescer para os lados de maneira tão descontrolada que hoje a cidade é internacionalmente conhecida por suas extensas e complexas favelas. A população de baixa renda tomou conta dos morros cariocas – e Pitangui ainda tem muita serra verde disponível.

Crédito da imagem: Geraldo Wagner Gonçalves.

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