Quando o bem causa mal

Apesar de todo o merecido reconhecimento pelo seu brilhante papel como meio de comunicação de massa, é importante pensar no mal que a Internet pode causar (especialmente para os mais jovens) quando utilizada excessivamente.

Eu, por exemplo, como já disse aqui, sou um consumidor compulsivo de informações. Quem chega perto de mim quando estou on-line percebe que a maioria das janelas abertas na tela é de sites de notícia. Às vezes me sinto ansioso, como se estivesse com pouca memória virtual, com pouco espaço de armazenamento de dados e tenho a sensação de estar travando e na hora de ser formatado. O pior é que a ansiedade é tida como o mal do século XXI.

Ao entrar na Rede, tenho um mundo infinito de informações esperando pela minha fome. Do meu lado, alguns jornais, revistas e os textos (obrigatórios) da faculdade. E eu quero ler tudo, processar tudo, duma vez só.

Isso é péssimo para o psicológico do sujeito. As conseqüências são sentidas pelo corpo e pela mente. Eu, claro, não me considero com problemas mentais por causa disso, pois sei separar as coisas. Além de adorar ficar conectado, gosto de sair desse mundo entrelaçado e reparar nas pequenas coisas da vida. Buscar ar puro para respirar, longe da poluição que sai dos veículos nas ruas, praticar esportes e aproveitar bem minha juventude.

É verdade que a Internet aproxima as pessoas, mas não há nada melhor que, fora dela, você dar um abraço forte, daqueles bem apertados, em alguma pessoa querida. Ou então um beijo na sua namorada ou no namorado, na esposa ou no marido, nos pais ou nos filhos. O prazer de se sentir feliz com as pessoas e, além do mais, consigo mesmo, é o que há de melhor.