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2 de abr. de 2013

Homem pode ter sido morto por engano em Divinópolis


Após o registro do oitavo homicídio de 2013 em Divinópolis, a polícia trabalha com a hipótese de que a vítima, morta a tiros enquanto pilotava uma moto, não era o alvo do crime. A pessoa marcada para morrer seria o homem que estava na garupa. A reportagem que fiz a respeito, publicada no jornal Agora desta terça-feira (2), é reproduzida abaixo. 



Polícia atribui oitavo homicídio do ano a engano

Vítima deu carona a jovem jurado de morte, de acordo com a PM

Ricardo Welbert

O oitavo homicídio do ano em Divinópolis foi registrado em plena tarde do sábado último (30), na rua Rubi, perto do número 626, no bairro Niterói. Jaime Maciel Lopes, de 42 anos, foi baleado enquanto pilotava uma moto. Segundo uma testemunha, ele tentou fugir a pé, mas caiu morto.

Quando a Polícia Militar chegou ao local, às 15h37, a vítima estava caída no chão, com uma marca de tiro nas costas. O local foi isolado de uma esquina a outra. Enquanto militares conversavam com testemunhas e impediam a aproximação de curiosos, o perito criminal Paulo Henrique dos Santos, da Polícia Civil, colheu informações para a investigação e liberou o corpo para o Serviço Municipal de Luto.

Ainda no local, os militares descobriram que o caso teve outra vítima. Um jovem de 20 anos, com passagens por tráfico de drogas, estava na garupa da moto conduzida por Jaime. Ele foi socorrido por um irmão e levado ao Pronto-Socorro Regional, onde o médico Carlos Miguel Valente detectou uma perfuração no abdome e outra no braço direito, que também estava fraturado. Ele foi transferido para o Hospital São João de Deus, sem risco de morte, de onde já recebeu alta.

Perseguição

À polícia, o sobrevivente contou que havia pegado carona com a vítima. Quando eles seguiam pela avenida Governador Magalhães Pinto, perceberam que estavam sendo seguidos por um automóvel Corola preto.

Na rua Rubi, os ocupantes do carro começaram a atirar. Baleado, Jaime perdeu o controle da direção e caiu. Os dois teriam tentado fugir a pé, mas Jaime não conseguiu ir muito longe. Os atiradores fugiram. Ainda de acordo com a PM, a vítima que sobreviveu não soube dizer quantos homens estavam no carro, mas desconfia da participação de dois que o ameaçaram no ano passado.

"Em princípio, a gente acredita que o alvo dos assassinos seria o rapaz que sobreviveu, porque ele possui antecedentes por tráfico de drogas e já vinha sendo ameaçado de morte. Já o condutor da moto, que morreu, não tinha histórico de envolvimento com crimes", disse o capitão Alexsander de Oliveira Silva, da PM.

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