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1 de jul. de 2010

Se “errar é humano”, tecnologia neles

Estou impressionado com o mau uso das tecnologias disponíveis nesta Copa do Mundo. Mesmo com programas de computador que processam lances e recriam jogadas em tira-teimas incontestáveis, além, claro, das super câmeras lentas, vemos absurdos erros de arbitragem.

Assim como a Igreja Católica fez em relação aos padres pedófilos, o presidente da Fifa, Joseph Blatter (foto), pediu desculpas pelos vacilos dos juízes nos jogos entre Alemanha e Inglaterra e Argentina e México. Na primeira, após um chute de Lambard, a bola quicou dentro do gol e saiu, mas a pontuação não foi confirmada. No segundo jogo, Tevez marcou o primeiro gol argentino em posição clara de impedimento.

Joseph Blatter lamentou as falhas da arbitragem e revelou que pediu desculpas a mexicanos e ingleses. “Naturalmente, lamentamos quando vemos a evidência de erros de arbitragem. Estou angustiado pelos erros evidentes dos árbitros. Manifestei meu pedido de desculpas. Entendo que não estão felizes e que pessoas estão criticando. Pedi desculpas. Os ingleses disseram obrigado e aceitaram, se conformando que às vezes se ganha e outras se perde. Os mexicanos inclinaram suas cabeças e aceitaram também”, disse o presidente da Fifa.

A Fifa discute, somente agora, a utilização das tecnologias disponíveis para definir a legalidade ou não de uma jogada. A entidade havia proibido o replay de lances polêmicos nos telões dos estádios. Segundo a International Board, que cuida das regras do futebol, envolver sistemas tecnológicos seria um exagero contra os árbitros, que são passíveis de falhas.

Ora, se são passíveis de falha, qual a razão para persistir com o erro? Ninguém gosta quando o time para qual torce sofre alguma injustiça. Foi exatamente por isso que surgiu aquele velho bordão que você provavelmente entoou pelo menos uma vez nos tempos de colégio: “juiz ladrão, porrada é solução”. Melhor seria se fosse: “juiz inseguro, replay é solução”.

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