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13 de ago. de 2009

Reflexões de um noctâmbulo

Às vezes eu passo raiva por causa deste blog. Como estudo e trabalho com comunicação, sei que passar dias sem postar algo que (eu ache que) preste pode ser prejudicial. Você vem cá, vê a mesma postagem que leu na semana retrasada e logo pensa: “poxa... O cara não atualiza o blog”. Depois você não volta nunca mais.

Tudo bem. Como contei para a amiga Marina (para espanto da mesma), às vezes consigo chegar em casa depois da faculdade e me aventurar a escrever por alguns longos minutos da madrugada. Agora, por exemplo, são 00h56 de uma quinta-feira. Como ainda falta internet aqui em casa, este texto passará por um longo processo. Ele é aqui digitado, copiado em um pendrive, levado por mim até um dos computadores da rádio onde o pendrive é conectado, o texto copiado e colado no blog. Ai eu clico em publicar postagem, você vem, lê e (espero que não) se arrepende pelo tempo que perdeu.

Mas deixando isso de lado, quero comentar algo que está me influenciando neste exato momento. Estou ouvindo o CD de uma banda muito bacana, uma tal de Mandrax. No próximo sábado (15) será inaugurada uma nova casa de shows na cidade e essa banda vai tocar lá. Eu adoro coisas novas. A própria capa do disco já me agradou. Estou adorando ouvir. É um pop praia, uma coisa meio reggae. Fica a dica pra você fuçar no YouTube, no Orkut, onde quer que seja, para achar alguma coisa deles. A banda tem um site: www.mandrax.com.br. Termine de ler este post antes de visitar o site deles, por favor.

Outra coisa que costumo fazer quando chego em casa à noite é ler jornais (isso mesmo. No plural). Não entendo como eu posso ser tão dependente de informação. Sério. Quando (raramente) acontece de eu passar um dia ou dois sem ler jornal, passo a me considerar o ser mais imbecil do mundo, incapaz de responder a simples perguntas sobre a crise no Senado, Bovespa, sobre as discussões internacionais, ou mesmo sobre o que está acontecendo de importante em algum lugar importante. Eu sou um dependente de informação. Se você conhece algum grupo de informaníacos anônimos, por favor, me passe contatos. Se bem que não adiantaria, porque todo dependente precisa ter vontade de se livrar do vício. No meu caso, eu só quero ficar cada vez mais atualizado. Informação e conhecimento nunca são demais.

Mas além de leitura de jornais e produção de conteúdos para o blog, eu também preciso (muitas vezes) seguir pela madruga escrevendo notícias para o site da rádio ou para o jornal onde trabalho. Coisas que faço porque adoro. Se você não entende meu jeito de pensar e agir, tudo bem. Eu entendo você.

Mudando de assunto, eu lia agora a pouco um dos melhores articulistas do Brasil: Arnaldo Jabor. Tenho aqui do lado o artigo Hiroshima foi uma “vitória” da ciência, no qual Jabor comenta os ataques dos norte-americanos ao Japão. Eis o primeiro parágrafo do texto: “Eu ia escrever sobre as bombas de lama que caem sobre a população brasileira, enviadas pelos senadores do mal. Mas, lembrei-me que há cinco dias (64 anos no túnel do tempo), em 6 e 9 de agosto de 1945, os norte-americanos destruíram Hiroshima e Nagasaki. Ninguém fala mais nisso. Os jornais esqueceram. Por isso, todo ano me repito e escrevo sobre a bomba nessa data, não para condenar um dos maiores crimes da humanidade. Mas para lembrar aos que fazem o favor de me ler que o impensável pode acontecer sempre. O horror se moderniza, mas não acaba”.

Apenas por estas primeiras linhas já é possível notar a enorme competência do Jabor. O cara sabe falar das coisas. Quando ele diz que “o horror se moderniza, mas não acaba”, ele continua desfiando este argumento. “Agora, não temos mais a Guerra Fria; ficamos com a guerra escaldante do deserto – nações islâmicas e nucleares -; a mais perigosa combinação: fanatismo e poder. Vivemos dois campos de batalha sem chão; de um lado, a máquina norte-americana comandada pela lógica do turvo capitalismo, apesar e além de Obama. De outro lado, os homens-bomba multiplicados por mil. E eles amam a morte. Imaginem homens-bomba nucleares... Paquistão, Índia, Israel e, um dia desses, o Irã. Sem falar na Coréia do Norte, Rússia e na inveja letal que o grande progresso da China poderá provocar no Ocidente americano”.

Eu só consigo dizer que concordo em gênero, número e grau com tudo o que Jabor reflete neste artigo. Publiquei aqui estes pequenos trechos para que você, que talvez não tenha lido o artigo no jornal, pudesse também refletir sobre esta questão.

Falando em jornal... Olha só o que acabei de ler aqui: “Quadrinhos: Obama matador de zumbis – A editora Antarctic Press lança este mês nos EUA “President Evil”, sátira ao videogame “Resident Evil”, em que o presidente do país enfrenta mortos-vivos”. Hahahaha! Precisam ver a ilustração do jogo. Até eu, que não sou acostumado a consoles, adoraria jogar isso.

Eu amaria dizer que estou com sono, mas (que saco!) não estou. Ah! Outra coisa interessante aqui no jornal de hoje, ó... Palavras de Luis Fernando Veríssimo, escritor e articulista do jornal O Globo, analisando o cenário político atual: “Quem elege tantos maus atores somos nós”. Se Edilson Lopes (editor do jornal O Independente) lesse isso, diria: “Não há nada de mais. Ele falou o óbvio”. É. Mas o óbvio às vezes também ajuda-nos a refletir.

Bom... Vou encerrar por aqui. Já são... 01h03. Não estou com sono, mas sei que, se me deitar, logo estarei apagado. Como diz William Bonner, “boa noite pra você. Até amanhã”.


Um comentário:

Marina disse...

Ótimo. E concordo, você é mesmo fanático por informação, mas quer saber queria só 50% do seu fanatísmo, ultimamente tenho sido vencida pelo cansaço e estou mega desatualizada. Por isso como você disse fiquei espantada quando disse que ia chegar em casa e escrever ainda.rs Mas vai fundo você vai longe, e o Jabor concordo é um gênio, você tá bem amparado. Beijos