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27 de out. de 2008

Reflexão sobre o caso Eloá

O Brasil assistiu atônito ao desfecho do seqüestro de duas adolescentes em Santo André, no ABC paulista. Não necessito entrar em detalhes sobre o ocorrido, pois foi manchete de jornais e telejornais durante dias. O inesperado desfecho do caso, com uma garota ferida e a outra morta, porém com o assassino vivo e se dizendo “possuído por diabinhos” e as discussões se formando na atuação da polícia, que alguns elogiam e outros criticam. O ideal agora é que cada um reflita sobre os motivos que poderiam ter levado aquele rapaz, Lindemberg Alves, 22, a cometer tão bárbaro crime.
Usar a política do “se não for minha, não será de mais ninguém, porque eu a amo” vem sendo comum entre jovens casais, que começam suas vidas amorosas cada vez mais cedo e, pior, moças novas com rapazes mais velhos. Não que seja preconceito pela diferença de idade, mas eles, geralmente, já têm experiências amorosas e acabam iludindo as iniciantes.
O que acontece aos jovens de hoje é exatamente o oposto do que acontecia a uma geração atrás. Os pais prejudicam os filhos com seus paparicos excessivos, passam a obedecer a suas ordens, e o filho logo se vê sem limites na vida. A ausência de uma figura paterna é destrutiva para a educação social de um jovem. O governo, ao invés de apoiar a formação escolar, se preocupa com formação profissional. O filho acaba ficando encostado nos pais, prejudicando a eles e a si próprio.
O sexo também está cada vez mais presente nos jovens. O sexo parece já ser produto incluso no consumismo do dia a dia. Está nas telas de TV, no cinema, em músicas grotescas que estimulam o sexo irresponsável. A igreja ainda é criticada quando tenta impor algum juízo às mentes dos jovens. Tudo piora quando o nível de revolta conduz o jovem a entorpecentes, ao rendimento ao mundo das drogas.
Os pais precisam estar mais presentes na vida do filho, na educação, no lazer, no esporte e na vida afetiva, intervindo quando necessário. Saber impor limites, dizer não quando for preciso, poderá fazê-los pensar duas vezes antes de seqüestrar ou matar alguém. Isso sim, é amor.

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