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19 de jan. de 2012

Flagrante de vandalismo no centro de Pitangui

Nesta quinta-feira (19), uma lixeira instalada na Rua dos Azevedos, na região central da cidade, estava caída. Tudo indica que a base foi arrancada à força do cimento. 


Situação foi registrada por volta do meio dia (fotos: Ricardo Welbert)

6 comentários:

Anônimo disse...

Ai eu me pergunto: O que é que um sujeito ganha fazendo isso?

Ricardo Welbert disse...

Aí eu te respondo: não ganha absolutamente nada. Pelo contrário! Ele pensa que apenas a sociedade (da qual ele prefere fingir que faz parte) será prejudicada, mas se esquece de que um dia ele poderá precisar de alguma lixeira. Obrigado pela participação, Tatiana! Abraço!

Dênio Caldas disse...

meu caro Ricardo, um sujeito desse nunca precisou e nunca usará uma lixeira. Por isso, o centro da nossa cidade, continuará sujo, conforme percebemos nas fotos

Ricardo Welbert disse...

Verdade, Dênio. Pode ser que o vândalo, quando criança, precisou de uma lixeira e não encontrou. Cresceu revoltado e se tornou um destruidor de lixeiras. Infelizmente, há muitas pessoas em Pitangui que não se importam com a conservação das ruas e jogam nelas seus lixos. É comum os garis limparem as vias e, minutos depois, haver lixo recém jogado nelas. É triste!

Renato de Faria disse...

O problema é imensamente mais complexo do que vocês podem conceber. Para entender uma série de comportamentos, classificados como "vandalismo", precisamos entender antes o complexo funcionamento de nossa sociedade que exclui, que marginaliza, que humilha uma grande parcela de indivíduos que não tem voz nem vez. Duvido que a pessoa que arrancou a lixeira tenha consciência, ou seja capaz de explicar por que fez isso, afinal lhe foram negados todos os recursos necessários para que desenvolvesse o senso crítico e se formasse como um cidadão consciente e que visa o bem comum. Mas o que este ato, no fim, nos diz de maneira tosca é que por traz dessa façanha existe um ser humano que necessita de atenção e que acredita que coisas como uma rua limpa são supérfluas, diante de tamanha sujeira que existe em nossa sociedade. Para tentar entender melhor, nos coloquemos na situação do indivíduo.

“_Foda-se, nasci em um lar desestruturado, minha mãe ou meu pai nunca me deram o mínimo de carinho, atenção, validade, apenas violência. Nunca pude ter as coisas que os playboys se gabam de possuir. Meu futuro me parece tão inútil quanto o meu passado e ainda querem que eu mantenha a porra da cidade limpa para que os riquinhos se sintam melhor e possam passear nela com seus carros ou tênis de marca. Foda-se. Arranquei a lixeira e arrancaria de novo”.

O fato é que não existe “um culpado” para o vandalismo, assim como não existe “um culpado” pela violência, pela corrupção ou pelas guerras. Esses atos emanam de um problema maior, mais complexo e que está na base da estrutura que sustenta a nossa sociedade!

Ricardo Welbert disse...

Excelente comentário, Renato. Mas problemas pessoais todo mundo tem. O mundo nunca será perfeito a ponto de todos - absolutamente todos - darem as mãos e viverem felizes para sempre. Pessoas ficam à margem da sociedade por diversos motivos (baixa escolaridade, família desestruturada (como você bem exemplificou) ou falta de oportunidades no mercado de trabalho, entre outros). Porém, não justifica um ato de vandalismo contra o patrimônio público, bens privados ou até mesmo a própria vida de outro indivíduo. Aliás, muitos assassinos deixam de cumprir penas pelos seus crimes após seus advogados alegarem insanidade.